A Certeza

E assim acabou mais um 25, de cravos encomendados, formatados, programados. Amanhã já não haverá cravos, serão apenas relembrados vagamente no dia 1 de Maio... para aqueles que não forem à praia (ouvi dizer que vai estar sol)... se tudo correr bem.

O país, esse estará na mesma. Com toda as certezas de todos aqueles que se esqueceram que a Liberdade se faz de dúvida, se faz de questão, se faz todos os dias, porque todos os dias têm de ser dias de revolução.

Ouvi hoje dizer muita coisa, palavras mais ou menos acesas (o Carmo indignado, revoltado... a contrastar com o marasmo da assembleia, cheia de palavras ocas, mortas ou ignorantes), ouvi discursos acertivos, mas a grande maior parte com grau enorme de CERTEZA (não confundir com confiança).

Ora a certeza é o fim da Liberdade! A certeza é o fim da Cultura! A certeza é companheira da desistência... A certeza é a morte. Mas não se enganem, a certeza não é só nossa. A certeza está generalizada. Por isso ensino aos meus filhos para questionarem tudo, se questionarem a eles próprios inclusive. Que só se questionando e questionando o que nos rodeia progredimos, reinventamos e podemos verdadeiramente sermos Felizes.

Amanhã já não será Abril, pelo menos o 25. Mas o 25, não foi seguido do 24, mas sim (e isto é das poucas certezas que tolero... sim existem algumas que tolero, como o Amor por exemplo) do 26. E o 26 só funcionou porque foi outro 25. E mesmo os 28 ou os outros 25s terão de ser sempre 25 de Abril. Vinte cincos sem certezas, com Liberdade. Sem medo. De nós e dos outros. Sem a porra da direita ou a conversa da esquerda, ou o raio da troika ou dos papão dos mercados, a pulha da Merkel ou mesmo os interesses do Rothschilds. Sem pensar no benefício material próprio, mas sim no respeito pelo outro, sem medo de não ter a Certeza de nada a não ser que Abril é nosso e a certeza... a Certeza é uma Merda!

(in)Certezas

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